A LUTA DA COMUNIDADE LGBT+ NO AMBIENTE ESCOLAR
No dia 28 de Junho, última sexta-feira, ocorreu no auditório do Campus Osório a ação promovida pelo projeto “Coletivo de Debate em foco: gênero, sexualidade e educação” vinculado ao Programa NEPGS. O evento marcou o Dia Internacional do Orgulho LGBT+ e tratou dos temas sobre a luta histórica dessa comunidade pelos seus direitos e saúde e comunidade LGBT+ com os convidados Filipe Machado, estudante de Letras na UFRGS, Ana Nolasco e Leonardo Frosi, estudantes de Ciências Sociais na PUCRS, representando o Coletivo LGBT do RS, e Jeandro Borba, egresso da primeira turma de Turismo do campus Osório, servidor público da Prefeitura Municipal de Osório na Secretaria da Saúde, membro da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/Osório e criador do canal Discordantes, no qual discute as temáticas sobre HIV/AIDS com foco na prevenção e no acolhimento das pessoas.
A ação teve início às 9h, com a banda WhatEver abrindo o evento tocando músicas como “Tua”, de Liniker e os Caramelows. Após, os convidados iniciaram a roda de conversa na qual o Coletivo explicou o significado do dia 28 de junho e abordou as lutas históricas LGBT+, bem como sobre a dificuldade que esta comunidade têm de se afirmaram nos espaços acadêmicos e consequentemente no mercado profissional. Ainda, ressaltaram a importância de eventos como o promovido pelo NEPGS para que se discuta sobre como pessoas LGBT+ são tratadas na sociedade. “É importante e necessário que ocupemos esses espaços de debate e diversidade dentro das escolas e universidades” - afirmou Filipe Machado.
A fala de Jeandro foi direcionada a problematizar como as pessoas da comunidade LGBT+ são tratadas no ambiente da saúde. “Eu já escutei que ‘quando uma mulher, em uma consulta com um ginecologista, fala que é lésbica, a consulta termina ali’ ” - relatou uma participante da plateia. Foi debatido a despreparação dos profissionais dessa área para lidar com alguém da comunidade, continuando, assim, um ambiente heteronormativo, fazendo com que milhares e milhares de pessoas LGBT+, pessoas, morram todos os dias por ter um direito básico, que é a saúde, negado.
A ação contou com público expressivo, alunas/alunos e servidoras/es, demonstrando que temas como estes são importantes no espaço educacional.
Durante os intervalos da tarde e da noite, foram feitas intervenções artísticas em frente ao bloco de convivência. Os/As alunos/as do EMI: Laisa Neves, Brenda Moura, Romero Assis, Maria Luiza Conceição, Karolaine Heckler e Bruno Mauss fizeram uma performance que retratava as fases de aceitação de um LGBT+ tanto para si mesmo quanto para sociedade. O dia foi marcado com muito orgulho, mas, também, feito para afirmar que ainda existem muitas lutas e muitos direitos a serem conquistados, e que a comunidade LGBT+ não pode ser lembrada apenas em uma data, é preciso seguir lutando e conquistando os espaços cada vez mais.
O evento foi coordenado pela professora e membra do NEPGS, Maria Augusta Martiarena, com a organização das bolsistas Gabriela Bittencourt, Fernanda Silva da Rosa, Maria Luiza Conceição e Natally Arboite.
O NEPGS agradece a presença de todos/as vocês! E fiquem atentos, que logo traremos mais ações!
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