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21 de julho - Dia Nacional da Mulher Negra e Tereza de Benguela

Atualizado: 19 de ago. de 2019

A REPRESENTAÇÃO E A VALORIZAÇÃO DA MULHER NEGRA


O evento promovido pelo programa de extensão “Educação para a diversidade de gênero e sexualidade (PRO-NEPGS)” que aconteceu ao longo da última quarta-feira (31/07) foi organizado em alusão ao dia 25 de Julho - Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela.


Pela manhã, ocorreu a oficina de tranças ministrada pela aluna do curso de Letras Naíma Valadares. Logo após a oficina, o projeto de extensão autoral “AfroBeat” abriu oficialmente o evento. Depois de muito som feito pelas/os artistas do projeto, as/os alunas/os presentes no auditório se dividiram em grupos para as rodas de conversas que ocorreram ao ar livre no campus e foram conduzidas pelas/os discentes que estavam em seu lugar de fala - alunos negros e, principalmente, as alunas negras. Trouxeram relatos sobre o racismo sofrido ao longo da vida, debateram racismo estrutural, preconceito e diversos temas de extrema importância para serem refletidos, principalmente, os que envolvem as mulheres negras.

No turno da tarde, as ações foram iniciadas com uma oficina de dreads guiada por Taila Coelho, artista da comunidade externa. Ocorrendo ao ar livre, contou com mais de 30 estudantes participando atentamente às orientações de Taila. Finalizada a oficina, os estudantes se direcionaram ao auditório, onde um vídeo produzido por Naíma Valadares e seu irmão Átila Valadares foi exibido. O vídeo contava com meninas negras que estudam no campus Osório, trazendo relatos sobre falas e atitudes racistas ouvidas e sofridas; esse momento trouxe muitas emoções e lágrimas ao público. Após a exibição do vídeo, que ocorreu nos três turnos, as meninas negras presentes na plateia foram convidadas a subirem ao palco e foram aplaudidas pelo público - eu gostaria de um salva de palmas para essas meninas maravilhosas que resistem e sobrevivem todo dia - pediu Maria Luiza, bolsista do NEPGS. Depois deste momento emocionante, os participantes presentes no auditório novamente se dividiram em rodas de conversa, que ocorreu em três grupos pelo campus. As ações da tarde se encerraram com uma apresentação do projeto “Afrobeat”, guiado pelo professor de Artes do campus: Estêvão Fontoura.

Pela noite, ocorreu uma palestra com as maravilhosas convidadas: Francisca Dias, Rainha Ginga do Maçambique de Osório, e a Profª Drª Isabel dos Santos. As duas convidadas discutiram a pauta, tão necessária, do racismo estrutural na nossa sociedade, bem como relatos de situações racistas que já sofreram ao longo da vida. Também, falaram um pouco sobre a história do Maçambique de Osório e da luta das mulheres nos Quilombolas da região. O momento foi marcado pela fala - Eu falo alto sim! Ninguém mandou me sequestrar na Àfrica e me trazerem pra cá, agora vão ter que me aguentar!! - disse com a sua incrível militância, força e coragem, a professora Isabel. Para finalizar o evento que teve duração de 12h, as convidadas inauguraram a placa Marielle Franco, gentilmente doada pelo Sindoif ANDES IFRS, que agora fica na frente do bloco de convivência/cantina do campus Osório.


Ocorreram exposições artísticas pelo campus, do dia 30/07 a 02/08, para visitação do público. Uma localizada no bloco B, de fotos das alunas negras do campus, ensaio produzido pela aluna do curso de Letras Naíma Valadares. Outra, no bloco de convivência, com pinturas aquarelas de Taila Coelho.

O evento foi organizado pela membra do NEPGS, professora Luciana Delgado, pelas bolsistas do núcleo e, também, pela estudante e membra do NEABI, Naíma Valadares. O NEPGS agradece pela presença de todas/os vocês e pelo engajamento nas ações que estamos propondo ao longo deste ano! Teve muito energia boa e parceria ao longo desses eventos incríveis!

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